12 de out. de 2011

Os Três Mosqueteiros em destaque no site da "Ig"


O site Ig, um portal de notícias e e-mail, publicou uma matéria sobre o filme 'Os Três Mosqueteiros', colocando essa postagem em destaque em sua página principal. Confiram o post:


Pode culpar Sherlock Holmes. Depois de Robert Downey Jr. encarnar o detetive à sua imagem e semelhança e Guy Ritchie injetar anfetamina nas histórias criadas por Conan Doyle, a mensagem que o mundo dos produtores ouviu foi a de que modernizar personagens clássicos pode render bom dinheiro.
Foi assim que surgiu a nova versão de "Os Três Mosqueteiros", que estreia nesta quarta-feira (12), aproveitando o feriado brasileiro. O que pode ser mais moderno do que 3D, explosões e navios voadores? Na cabeça do diretor Paul W.S. Anderson, pouca coisa.



Foto: Divulgação
Os mosqueteiros do século 21: pirotecnia, coreografias e engenhocas
Um dos maiores clássicos da literatura mundial, o romance de Alexandre Dumas teve mais de 20 adaptações para o cinema – entre elas, uma jovem estrelada em 1993 por Charlie Sheen, Kiefer Sutherland e Chris O'Donnell e outra, a mais recente, de 2001, com coreografia de filmes de ação asiáticos. A versão do século 21 usa fiapos da história original: nomes, linhas básicas dos personagens, o bordão "um por todos, todos por um" e só.
A liberdade é tanta que o início, para quem leu o livro, é puro surrealismo. Um dos mosqueteiros, Athos (Matthew Macfadyen), sai de dentro de um canal de Veneza e, fazendo jus ao que parecer ser um treinamento ninja, põe ao chão uma tropa de vigias.
Seus colegas – Porthos (Ray Stevenson) e Aramis (Luke Evans) – têm missões parecidas e logo eles estão dentro de uma catedral, entrando no cofre de Leonardo Da Vinci (!), uma sala secreta onde o italiano guardaria os projetos de suas invenções. A caçadora de recompensas Milady de Winter (Milla Jovovich, mulher do diretor) dribla as armadilhas para chegar até lá e pronto: o grupo tem nas mãos um passo a passo de como fabricar um misto de nau de guerra e dirigível. Alexandre Dumas? Definitivamente não.
Tal qual Zack Snyder em "Sucker Punch", a noção de entretenimento de Anderson, responsável por pérolas como "Alien vs. Predador" e a surrada franquia "Resident Evil", envolve artilharia pesada, armas brancas (aqui, floretes no lugar de espadas), combates pirotécnicos e mulheres com pouca roupa. É a escola de direção afetada que prevê uma overdose de informações para entorpecer o cérebro. Se for em três dimensões, então, melhor ainda.

Foto: DivulgaçãoAmpliar
Milla Jovovich: muita ação e pouca roupa
A trama começa mesmo depois do prólogo, quando os mosqueteiros, guardas a serviço do rei Luís 13, estão desacreditados e, bem, entediados. O jovem D'Artagnan (Logan Lerman) sai do interior e vai à capital em busca de aventuras e tentar ser um mosqueteiro.
No contexto político, o rei é um adolescente dândi que não se importa com o governo, só com roupas. Prato cheio para o cardeal Richelieu (Christoph Waltz, vivendo seu quarto vilão seguido) planejar uma forma de assumir o trono, num complô que prevê a traição da rainha (Juno Temple) e guerra com a Inglaterra, representada pelo duque de Buckingham (Orlando Bloom).
Dramaturgia nunca foi o forte de Anderson, e agora não é diferente. A história fica em segundo plano e toda a ênfase fica para o visual e para uma tentativa inacreditável de comédia – em especial através do figurino carnavalesco e do alívio cômico que é o serviçal Planchet, interpretado pelo inglês James Corden (franceses falando com sotaque britânico, está aí outro detalhe interessante).
Para que saber as motivações e origem dos personagens, se podemos ver Milla Jovovich, amarrada num cabo, pulando do topo de um castelo usando apenas corpete e cinta-liga? O que importa entender quem diabos é Buckingham, se há batalhas de navios voadores, com direito a lança-chamas e uma espécie de metralhadora de canhões em pleno século 17?
É uma questão maior do que gostar ou não de steampunk – entenda o que é isso. Como cinema, "Os Três Mosqueteiros" nada mais é do que um apanhado esquizofrênico de lutas em câmera lenta, atuações caricatas e pirotecnia. Condizente, portanto, com o conceito da filmografia de Anderson, que serve para encher os olhos e os ouvidos. No âmago de tudo, reina o vazio. E aguarde o próximo, porque o final deixa tudo encaminhado para a parte 2.

OBS.: Saindo do assunto, queria dizer que irei fazer umas mudanças no site. Mudarei o nome, o link e o design, arrumarei o Anfiteatro - Heróis do Olimpo também. Então, aguardem... Bjs.

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Att,
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