13 de mar. de 2012

1º Capitulo de The Son Of Neptune

 Oii galera... Meu nome é Felipe Larini e eu ainda sou meio novo aqui no blog, espero que estejam gostando das minhas postagens, em breve escreverei tbm uma fanfic com nome ainda indefinido, mas já tenho alguns episódios escritos... Mas, vamos a noticia, eu não aguentei e comprei pela net o Son Of Neptune em inglês, já que morei lá um tempo e consigo traduzir, e decidi ir traduzindo os capitulos para colocar no site para vocês, caso gostem do 1º capitulo, eu postarei mais, caso não gostem comentem aqui que eu paro de colocar =D





1º Capitulo - PERCY

As moças de cabelo de cobra estavam começando a irritar Percy. Elas deveriam ter morrido três dias antes quando ele derrubou uma caixa de bolas de boliche nelas no Mercado de Barganhas de Napa. Elas deveriam ter morrido há dois dias quando ele as atropelou com um carro de polícia em Martines. Elas DIFINITIVAMENTE deveriam ter morrido essa manhã quando ele cortou suas cabeças no Parque Tilden.
Não importava quantas vezes Percy as matava e observava-as se transformarem em pó, elas insistiam em re-ganhar forma como grandes e maléficos coelhos de poeira. Ele tinha a impressão que mal conseguia ganhar delas na corrida.
Ele alcançou o topo do monte e tentou recuperar a respiração. Fazia quanto tempo desde que ele as tinha matado pela última vez? Talvez duas horas. Elas nunca ficavam mortas muito mais que isso.
Nos últimos dias, ele mal dormiu. Ele comia o que conseguia furtar – Ursinhos de Gelatina de máquinas de petiscos, rosquinhas velhas, e até um burrito da Jack in the Crack, que era a coisa mais horrível até o momento. Suas roupas estavam rasgadas, queimadas e respingadas de meleca de monstro.
Ele somente sobreviveu tanto porque as duas mulheres de cabelo de cobra – elas se auto-denominavam Górgonas – pareciam não conseguir matá-lo também. Suas garras não penetravam na pele do garoto. Seus dentes se quebravam assim que tentavam morder ele. Só que Percy não conseguia avançar muito mais. Logo ele iria colapsar de exaustão, e então – mesmo sendo uma pessoa difícil de se matar, ele tinha certeza de que as górgonas encontrariam uma maneira.

Para onde correr?

Ele escaneou os seus arredores. Em circunstâncias diferentes ele teria aproveitado a vista. A sua esquerda, montes dourados adentravam na área, pontilhados com lagos, florestas, e alguns rebanhos de vacas. A sua direita, as planícies de Berkeley e Oakland marchavam para oeste – um vasto tabuleiro xadrez de bairros, com diversas pessoas que provavelmente não gostariam de ter sua manhã interrompida por dois monstros e um semideus desprezível.
Mais ainda para oest, a Baía de San Francisco brilhava debaixo de uma neblina prateada. Passando disso, uma parede de neblina engolia grande parte da cidade de San Francisco, deixando a vista somente o topo dos arranha-céus e das torres da ponte Golden Gate.
Uma vaga tristeza pesou no peito de Percy. Alguma coisa dizia a ele que ele já esteve em San Francisco antes. A cidade possuía alguma conexão com Annabeth – a única pessoa que ele se lembrava de seu passado. Suas lembranças sobre ela eram frustrantemente vagas.
O lobo havia prometido que ele a veria novamente e recobraria sua memória – se fosse bem sucedido em sua jornada.
Ele deveria tentar atravessar a baía?
Era tentador. Ele podia sentir o poder do oceano logo depois do horizonte. Água sempre o revivia. Água salgada era a melhor. Ele descobriu isso há dois dias quando teve que estrangular um monstro do mar no Estreito de Carquinez. Se ele conseguisse alcançar a baía, ele poderia travar uma última batalha. Talvez ele até conseguisse afogar as Górgonas. Só que a praia estava no mínimo a duas milhas de distância. Ele teria que cruzar uma cidade inteira.
Ele hesitou por outra razão. A loba Lupa o ensinou a melhorar seus sentidos — a confiar nos instintos que estavam guiando ele ao sul. Seu radar de proximidade de casa estava incrivelmente agitado agora. O fim de sua jornada estava próximo – quase que debaixo de seus pés. Como poderia? Não havia nada no topo do monte.
O vento mudou. Percy sentiu a essência azeda de répteis. A cem jardas abaixo do declive, alguma coisa se arrastava pela floresta – quebrando galhos, amassando folhas, sibilando.
Górgonas.
Pela milionésima vez, Percy desejou que o olfato delas não fosse tão bom. Elas sempre disseram que podiam sentir o cheiro dele porque ele era um semideus – um filho mestiço de algum deus Romano. Percy tentou rolar na lama, se molhar em riachos, e até manteve tubos de odorizadores de arem seus bolsos para ter aquele cheiro de carro novo; mas aparentemente um fedor de um semideus era difícil de mascarar.
Ele corre para o lado oeste do declive. Era muito íngreme para descer. A descida despencava por oitenta pés, direto em um telhado de um complexo de apartamentos construído ao lado da colina. Quinze metros abaixo uma rodovia surgiu da base do morro e cortava seu caminho em direção a Berkeley.
Ótimo. Nenhuma outra saída dessa colina. Ele conseguira se encurralar.
Ele olhou para o fluxo dos carros indo para o oeste em direção a San Francisco e desejou estar em um deles. Então ele se deu conta que a estrada devia cortar por dentro do monte. Deveria haver um túnel, logo abaixo de seus pés.
Seu radar internet enlouqueceu. Ele estava no local certo, mas muito mais acima do que necessário. O garoto teria que ver esse túnel. Ele precisava de uma maneira de descer para a estrada – rapidamente.
Percy retirou sua mochila dos ombros. Ele havia conseguido recolher algumas coisas no Mercado de Barganhas de Napa: um GPS portátil, fita adesiva, isqueiro, super cola, garrafa de água, saco de dormir, um confortável travesseiro em formato de Panda de estimação (o mesmo da TV), um canivete suíço – que é tudo aquilo que um semideus moderno quer como arma. Só que ele não possuía nada que serviria de pára-quedas ou de prancha de esquiar.
Isso o deixou com duas opções: pular os oitenta pés direto para sua morte ou ficar no mesmo lugar e lutar. As duas opções soavam como péssimas.
Ele xingou alto e retirou sua caneta de seu bolso.
A caneta não parecia nada de espetacular, só uma caneta BIC qualquer, no entanto, quanto Percy retirava a tampa da caneta, a caneta virava uma brilhante espada de bronze. A lâmina era perfeitamente balanceada. O punho de couro encaixava perfeitamente nas mãos de Percy, como se a espada tivesse sido feita para ele. Incrustado na guarda da espada encontrava-se uma palavra em Grego Antigo, que de alguma maneira Percy conseguia entender: Anaklusmos – Contracorrente.
Ele acordou com essa espada na primeira noite na Casa do Lobo – dois meses atrás? Mais? Ele perdeu a noção do tempo. O garoto acordou no patio de uma mansão incendiada no meio das florestas, vestindo uma camisa laranja, e um colar de couro cheio de contas de argila estranhas. Contracorrente estava em sua mão, mas Percy não fazia idéia de quem era ou de como ele havia chegado ali. Ele estava descalço, congelando e confuso. E então os lobos apareceram…
Bem próximo a ele, uma voz familiar o trouxe de volta ao presente: “Aí está você!”
Percy se desviou da górgona, quase caindo montanha abaixo.
Era a mais sorridente—Beano.
Ok, o nome dela não era realmente Beano. O que Percy pôde perceber, era que ele era disléxico, porque as palavras ficavam confusas e distorcidas quando ele tentava lê-las. A primeira vez que viu a górgona, ela estava posando de recepcionista do Mercado de barganhas, com um grande broche verde que lia: Bem vindo! Meu nome é Stheno – e o garoto achou que se lia Beano.
Ela ainda usava seu colete verde dos empregados do Mercado de Barganhas em cima de um vestido com estampa floral.  Se você olhasse para o seu corpo, você poderia pensar que ela era alguma velha e gordinha vovozinha – até olhar para seus pés e perceber que ela tinha pés de galinha.
Ou se você olhasse para cima e visse suas presas de javali, de bronze, saindo pelos cantos de sua boca. Seus olhos eram vermelhos brilhantes, e seus cabelos eram um ninho contorcido de cobras da cor verde-vivo.
A coisa mais horrível sobre ela? Ela ainda segurava seu grande prato prata de amostras grátis: Molho de Queijo e Salsicha. O prato dela estava todo dentado de todas as vezes que Percy a matou, mas aquelas pequenas amostras estavam perfeitamente boas.
Stheno simplesmente continuava carregando elas através da California, para que pudesse oferecer um aperitivo a Percy antes de ela o matar. Percy não sabia o pôrque dela fazer aquilo, mas se ele algum dia precisasse de uma armadura, ele iria fazer de Molho de Queijo e Salsicha.
Aquela coisa era indestrutível.
“Experimente um?” Stheno ofereceu.
Percy desviou dela com sua espada. “Onde está sua irmã?”
“Oh, guarde sua espada,” Stheno repreendeu. “Você já deve saber que nem Bronze Celestial consegue nos matar por muito tempo. Pegue um queijo com salsicha! Eles estão em promoção essa semana, e eu odiaria matá-lo de estômago vazio.”
“Stheno!” A segunda górgona apareceu a direita de Percy tão rapidamente que ele mal teve tempo de reagir. Felizmente, a górgona esta muito ocupada encarando a irmã para prestar qualquer atenção nele. “Eu falei para você aproximar-se discretamente e matá-lo!”
O sorriso de Stheno murchou. “Mas, Euryale . . .” Ela disse o nome de uma maneira que rimava com Muriel. “Não posso dar a ele uma amostra antes?”
“Não, sua imbecil!” Euryale se voltou na direção de Percy e mostrou suas presas.
Exceto pelo cabelo, que era um ninho de cobras corais ao invés de víboras verdes, ela era exatamente igual a sua irmã. Seu colete do Mercado de Berganhas, seu vestido floral, até seus dentes estavam decorados com adesivos de 50% de desconto. Se lia a seguinte mensagem no broche com seu nome: Oi! Meu nome é morra, escória de semideus!
“Você nos proporcionou uma caçada e tanto, Percy Jackson,” Euryale disse. “Mas agora você está encurralado e teremos nossa vingança!”
“O queijo com salsicha custa apenas $2.99,” Stheno adicionou como se quisesse ajudar. “Departamento de Mercearia, corridor três.”
Euryale rosnou. “Stheno, o Mercado de Barganhas era um disfarce! Você está se adaptando! Agora, coloque essa bandeja ridícula de lado e me ajude a matar esse semideus. Ou você já esqueceu que foi ele quem vaporizou ao Medusa?”
Percy deu um passo para trás. Mais quinze centímetros e Percy estaria rolando no ar. “Olhe, moças, já passamos por isso. Eu nem me lembro de ter matado a Medusa. Eu não me lembro de nada! Não podemos simplesmente negociar uma trégua e conversar sobre os seus especiais da semana?”
Stheno fez um beicinho para sua irmã, o que era difícil de projetar com as presas gigantes. “Podemos?”
“Não!” Os olhos vermelhos de Euryale se concentraram em Percy. “Eu não me importo com o que você se lembra, filho do deus dos mares. Eu posso sentir o cheiro do sangue da Medusa em você. É fraco, sim, de vários anos atrás, mas você foi o último a derrotá-la. Ela ainda não retornou do Tártaro. É sua culpa!”
Percy não conseguia mesmo entender aquilo. Toda aquela concepção de “morrer e depois retornar do Tártaro” dava a ele uma dor de cabeça. Claro, que a idéia de que sua caneta BIC se transformar em uma espada, ou que monstros poderiam se disfarçar através de algo chamado de a Névoa, ou que Percy era filho de um deus de cinco mil anos atrás incrustado de crustáceos, também o incomodavam. No entanto ele acreditava nisso. Mesmo que sua memória tenha sido apagada, ele sabia que era um semideus, da mesma maneira que sabia que seu nome era Percy Jackson.
Desde sua primeiríssima conversa com Lupa, a loba, ele aceitou essa loucura de que um mundo bizarro de deuses e monstros era sua realidade. O que era um saco.
“E que tal chamarmos isso de um empate?” ele disse. “Eu não posso matá-las. Vocês não podem me matar. Se vocês são as irmãs da Medusa, como aquela Medusa que pode transformar  pessoas em pedra, eu não deveria ser uma estátua nesse momento?
“Heróis!” Euryale disse com desgosto. “Eles sempre trazem isso a tona, assim como nossa mãe! ‘Porque vocês não podem transformar pessoas em pedra? Sua irmã consegue transformá-las em pedra.’ Bom, eu sinto muito em desapontá-lo, garoto! Isso era a maldição só da Medusa. Ela era a pior na família. Ela tinha essa sorte toda!”
Stheno pareceu sentida. “Mamãe dizia que eu era a pior.”
“Quieta!” Euryale disparou. “E sobre você, Percy Jackson, é verdade que você carrega a marca de Aquiles. Isso faz de você um pouco mais difícil de matar. Mas não se preocupe. Nós encontraremos uma maneira.”
“A marca do quê?”
“Aquiles,” Stheno disse toda alegrinha. “Oh, ele era maravilhoso! Foi mergulhado no Rio Styx quando era criança, você sabe, então ele era invulnerável, exceto por um pequeno ponto em seu calcanhar. Isso foi o que aconteceu com você, querido. Alguém deve tê-lo jogado no Styx e isso fez da sua pele como ferro. Só que não se preocupe. Heróis como você sempre possuem um ponto fraco. Nós só temos que descobrir qual, e assim poderemos matá-lo. Não será adorável? Coma um Queijo com Salsicha!”
Percy tentou raciocinar. Ele não se lembrava de nenhum mergulho no Styx. Só que mais uma vez, ele não se lembrava de praticamente nada. Sua pele não se parecia com ferro, mas isso explicava como ele tinha agüentado por tanto tempo lutando contra essas górgonas.
Talvez se ele simplesmente se jogasse montanha abaixo… ele sobreviveria? Ele não queria arriscar – não sem alguma coisa para reduzir a velocidade da queda, ou uma prancha, ou…
Percy encarou o grande prato prateado de amostras da Stheno. Hmm . . .
“Reconsiderando?” Stheno perguntou. “Muito esperto, querido. Eu adicionei um pouco de sangue de górgona a eles, então sua morte será rápida e sem dor.”
A garganta de Percy se encolheu. “Você adicionou seu sangue a esses queijos com salsicha?”
“Só um pouquinho.” Stheno sorriu. “Uma picadinha no meu braço, mas você é um doce por estar preocupado. Sangue do nosso lado direito pode curar qualquer coisa, você sabe, mas sangue do nosso lado esquerdo é fatal—”
“Sua anta!” Euryale guinchou. “Você não deveria ter contado isso a ele. Ele não irá comer as salsichas se você contar a ele que elas estão envenenadas!”
Stheno parecia surpresa. “Ele não vai? Mas eu disse a ele que seria rápido e sem dor.”
“Esquece!” As unhas de Euryale se transformaram em garras. “Nós vamos matá-lo da maneira mais difícil – arranhe ele até nós encontrarmos seu ponto fraco. Uma vez que derrotarmos Percy Jackson, seremos mais famosas que a Medusa. Nossa benfeitora irá nos recompensar bem!”
Percy apertou sua espada. Ele teria que contabilizar o tempo de seu movimento com perfeição – alguns segundos de confusão, agarrar o prato com sua mão esquerda…
Mantenha elas conversando, ele pensou.
“Antes de me cortar em pedaços,” ele disse, “quem é essa benfeitora que vocês mencionaram?”
Euryale zombou. “A deusa Gaia, claro! Aquela que nos trouxe de volta do esquecimento! Você não viverá o suficiente para encontrar com ela, mas seus amigos abaixo logo irão enfrentar sua ira. Até mesmo agora, os exércitos dela estão marchando sul. No Banquete da Fortuna, ela acordará, e os semideuses serão despedaçados como… como…”
“Como nossos preços baixos no Mercado de Barganhas!” Stheno sugeriu.
“Gah!” Euryale avançou para cima da irmã.
Percy aproveitou a abertura. Ele agarrou o prato de Stheno, espalhando os queijos com salsicha envenenados, e feriu com Contracorrente a Euryale na cintura, cortando-a ao meio.
Ele levantou o prato, e Stheno se viu encarando o próprio reflexo distorcido.
“Medusa!” ela gritou.
Sua irmã Euryale virou pó, mas já estava tomando forma novamente, como um boneco de neve des-derretendo.
“Stheno, sua tola!” ela borbulhava, enquanto sua semi-formada face emergia do monte de pó. “Isso é só o seu reflexo. Pegue ele!”
Percy bateu com a bandeja de metal no topo da cabeça de Stheno, e ela desmaiou na mesma hora.
Ele colocou o prato atrás de seu traseiro, fez uma prece silenciosa a qualquer Deus Romano que cuidava de manobras de deslizamento estúpidas e pulou pelo lado da colina.

Caso queiram ter o 2º capitulo aqui... comentem =D

Abraços

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